leitura: Mário Faria- 12ºA (2022-23)
texto: excerto do livro “Srauss”, da Deutsche Grammophon
Richard Strauss (1864-1949)
“A música germânica da transição do século XIX para o XX tem duas grandes referências, que quase poderiam considerar-se antagónicas.
Por um lado, Gustav Mahler, autor quase exclusivamente de sinfonias e canções com orquestra; por outro, Richard Strauss, que sobressaiu sobretudo no domínio da ópera e do poema sinfónico, mas que também cultivou com assiduidade o campo do lied ou canção. No entanto, enquanto Mahler mal era conhecido como criador, devendo todo o seu renome à direcção orquestral, o seu contemporâneo bávaro não só era uma das batutas mais aclamadas do seu tempo, mas também um compositor de êxito indiscutível. Além disso, enquanto o boémio possuía um eu trágico que impregna a totalidade das suas partituras com um marcado conteúdo autobiográfico, Strauss destacava-se por um ego menos pronunciado, mas triunfador, que destruía todos os obstáculos, tanto vitais como artísticos, com que se deparava.
E isso praticamente desde o início da sua carreira.”
In: Grande Selecção Deutsche Grammophon