
foto: Margarida Figueiredo
poema: “Cegonhas ao luar”, de Ahmed Hasím (trad. Jorge Sousa Braga)
Cegonhas ao luar Em fila, na margem do lago, profundamente entregues aos sonhos na magia da lua, silenciosamente esperam as cegonhas Esta noite é como um lago que flutua no ar as infinitas estrelas como se fossem os seus insetos Porque é que ninguém caça nestas águas celestiais? Que pássaros comem estes pequenos animais de luz? Como se a alma e o olhar se encontrassem, entregues aos sonhos na magia da lua, silenciosamente esperam as cegonhas
Jorge Sousa Braga (1957- )

