leitura: Ana Beatriz Faria – 12ºA (2022-23)
texto: excerto do livro “Beethoven” da Deutsche Grammophon
BEETHOVEN “Para Ludwig van Beethoven, a música não era apenas o meio supremo de expressão dos seus sentimentos, mas também uma ferramenta ao serviço da ética, tanto individual como colectiva. Também nisto o músico de Bona e Viena quebrou os moldes existentes e se converteu no primeiro criador da história da música plenamente consciente da sua situação histórica, capaz de transferir para a sua música ideias e posturas políticas. Por vezes, inclusive, este esforço ultrapassava os seus extraordinários dotes musicais e, como afirmava Stravinsky, a mensagem da sua música superava a própria música.” (página 9) … “O contributo beethoveniano para a literatura para violino e piano completa-se com umas quantas peças breves de circunstância, que o próprio compositor parecia que não tomava muito a sério” (Página 29). “As sete últimas Sonatas para piano e os últimos Quartetos para cordas, sobretudo, abrem a porta a uma forma de conceber a música instrumental que se converteu em fonte de inspiração para inúmeras gerações de compositores.“ … “Beethoven faleceu na tarde de 26 de Março de 1827. Ao funeral, celebrado a 29 de Março, assistiram 10.000 pessoas num impressionante testemunho de reconhecimento em relação ao primeiro músico da história que se recusou a viver a expensas de mecenas oficiais ou aristocráticos, e que fizera da música património de todos os homens.” (Página 10) … "A sua música toca os mecanismos do terror, do calafrio, da dor, e desperta esse anseio infinito que constitui a própria essência do romantismo. E, portanto, um compositor nitidamente romântico.” (Página 25) … “Deste modo, a sinfonia converte-se no "ápice da música, a perfeição da arte, um drama multicolorido e maravilhosamente desenvolvido", que atinge o seu máximo esplendor precisamente com Beethoven.” (Página 25)
In: Grande Selecção da Deutsche Grammophon
Ludwig van Beethoven (1770-1827)