leitura: Jéssica Martins – 12ºA (2022-23)
texto: “Mendelssohn”, da Deutsche Grammophon
Mendelssohn A trajetória de vida de Mendelssohn chocava de forma aberta com dois lugares comuns que, já em vida deste compositor, se associavam geralmente ao "autêntico” génio musical: não viveu na pobreza nem sofreu de nenhuma doença “interessante”, não teve de lutar contra um meio hostil para impor o seu talento. Ainda hoje uma tenaz ideia preconcebida faz de Mendelssohn, no melhor dos casos, o primeiro grande músico neoclássico, com tudo o que de pejorativo está associado a este epíteto: conversador, académico, com falta de imaginação. Mendelssohn disse, numa carta de 1843: “Desde que comecei a compor, tenho sido fiel ao meu princípio fundamental: não escrever uma única página em função dos desejos deste ou daquele público, ou desta ou daquela bela mulher, mas sim escrever apenas o que considero que é o melhor, aquilo que me proporciona prazer.” E foi assim, com esse espírito irrenunciável, que conseguiu criar a mais clássica das músicas românticas, cuja frescura e inspiração ainda hoje continuam a entusiasmar os melómanos. In: Grande Selecção Deutsche Grammophon Felix Mendelssohn (1809-1847)