é então que se vê passar o silêncio

foto: Margarida Gomes – 7º B (2022-23)

poema: “Espera”, de Sophia de Mello Breyner Andresen

Espera

Deito-me tarde
Espero por uma espécie de silêncio
Que nunca chega cedo
Espero a atenção a concentração da hora tardia
Ardente e nua
É então que os espelhos acendem o seu segundo brilho
É então que se vê o desenho do vazio
É então que se vê subitamente
A nossa própria mão poisada sobre a mesa

É então que se vê o passar do silêncio

Navegação antiquíssima e solene

Sophia de Mello Breyner Andresen (1919-2004)

biobibliografia

Um pensamento sobre “é então que se vê passar o silêncio

  1. Ao ver cada foto linda da escola nem parece ela, pois no nosso dia-a-dia nem percebemos a beleza do que está à nossa frente. A escola nem parece a que vejo todos os dias!
    Cristina Ferreira – 7ºA

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