
foto: Pedro Miranda – 7º A (2022-23)
poema: “Ciprestes”, de A.M. Pires Cabral
CIPRESTES Alteiam-se como que a proclamar o triunfo da morte e como se a morte triunfasse nas alturas. São verdes a contragosto: a sua cor devia ser mais roxa, mais parecida com a podridão. Ou então, pura e simplesmente, não deviam ter cor. Até porque a própria morte é, segundo consta, incolor.
A.M. Pires Cabral (1941 – )