todas as noites me despeço

foto: Hugo Gomes – 11ºB (2022-23)

poema: “Todas as noites me despeço”, de Sebastião Alba

Todas as noites me despeço
de mim. O dorso afunda-se.
O bulício, os relógios
prosseguem por fora.
Nenhum antegosto
ou prelúdio do fim.
Minha energia
aflui, reúne-me? Na órbita
do sono, some-se e resplandece
a máscara mortuária.

Sebastião Alba (1940 – 2000)

biobibliografia

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