
foto: Maria João Carvalho – 9º ano (2021-22)
poema: “Ode ao Olho”, de Pablo Neruda
Ode ao Olho Olho, globo de maravilha, pequeno polvo do nosso abismo que extrai a luz das trevas, pérola diligente, magnético azeviche, pequena máquina rápida como nada ou ninguém, fotógrafo vertiginoso, pintor francês, revelador de assombro. Olho, tu deste nome à luz da esmeralda, acompanhas o crescimento da laranjeira e controlas as leis da aurora, medes, advertes o perigo, encontras-te com o raio de outros olhos e arde no coração a labareda, como um milenário molusco encolhes-te ao ataque do ácido, lês, lês cifras de banqueiros, cartilhas de ternos meninos de escola do Paraguai, de Malta lês relações de nomes e romances, abarcas ondas, rios, geografias, exploras, reconheces a tua bandeira no remoto mar, entre os navios, conservas para o náufrago o retrato mais azul do céu e de noite a tua pequena janela que se fecha abre-se por outro lado como um túnel à indecisa pátria dos sonhos.
Pablo Neruda (1904-1973)
Adoro esta foto! São magníficos os desenhos que a sombra das pestanas cria. Adoro olhos verdes e estes encaixam nas minhas preferências.
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Que linda foto!
Gostei muito porque este olho tem tons de um verde muito vibrante similar à esmeralda.
Adorei o poema a que foi associado.
Parabéns à Maria João.
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Achei o poema interessante, a foto é linda e encaixou bem no poema.
Parabéns, Maria João.
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Que foto linda!
E adorei o poema que lhe foi associado.
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