confluência de pétalas

foto: Francisco Gonçalves – 10º ano (2021-22)

poema: “Camélias”, de Flor Campino

Camélias

Cumprida a sua luz,
acolhem-se à terra e aí expiram.
O pequeno sismo
provocado pelas que se despenham
na pedra
acorda-lhe os veios.
Confluência de pétalas atenta ainda
à pulsação
do tempo, a consumir-se
brandamente no seu breve incêndio.

Flor Campino, “O Crivo dos Dedos”, Afrontamento
(1934-      )

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